Tim Tebow

Tim Tebow, ainda no Denver Boncos. Não parece, mas esta foto é da boa fase dele.

No frenético mundo atual, onde tudo tem que ser instantâneo, um texto será ignorado se contiver mais do que 4 ou 5 parágrafos, um vídeo será desconsiderado se tiver mais que 3 minutos, "ídolos" musicais são fabricados todos os anos na TV, nada mais natural que transferir esta urgência para os esportes.

Assim, jogadores comuns viram instantaneamente craques porque acertaram meia dúzia de passes, e, assim, viram também salvadores do time.

Aqui no Brasil vemos bastante isso no futebol. Ganso jogou bem algumas partidas no campeonato paulista há uns 4 anos e vive disso até hoje, Marcelo jogou bem no...no, bem, em algum lugar deve ter jogado bem, pois é unanimidade na lateral esquerda da seleção, técnicos como Ney Franco e Dorival Júnior venceram a segundona e foram imediatamente colocados ao lado de técnicos vencedores como Muricy e Felipão.

No futebol americano viveu-se algo parecido com o quarterback Tim Tebow. O Denver Broncos viveu uma longa ressaca após a aposentadoria do grande John Elway, bicampeão nas temporadas 97 e 98. Natural, portanto, que um jogador novato, com pose de bom moço e que venceu algumas partidas e levou o time aos playoffs (temporada 2011/2012) fosse transformado em novo astro pela mídia.

Fãs de toda parte clamavam por Tebow. A nova revelação. Quase uma unanimidade.

O jogador, entretanto, acabou não vingando e, apesar da boa campanha, foi preterido no mesmo ano quando os Broncos contrataram Peyton Manning, indo então para os Jets.

Em Nova Iorque (temporada 2012/2013), o jogador apresentou problemas de relacionamento com os novos companheiros, e não conseguiu desbancar o contestado quarterback Mark Sanchez nem mesmo após o infame butt-fumble cometido por este último. Nos Patriots, assinou contrato em junho/2013 para ser liberado em agosto/2013.

Afastado em 2013, especulou-se sobre uma eventual ida para o Kansas City Chiefs e para o Jacksonville Jaguars, curiosamente os dois times de pior campanha na temporada. Nem estes quiseram Tebow.

 A última novidade é que um time de Arena Football (uma espécie de futebol americano de salão) estaria cogitando contratá-lo. Já não é mais lembrado por nenhum dos grandes times e mesmo a mídia que o adotou parece tê-lo abandonado.

Portanto, mais cuidado com quem recebe a qualificação de "craque", pois banaliza a palavra e colocam Trent Greens da vida na mesma categoria de um John Elway.